A famosa tarte tatin, das irmãs Tatin, ganhou popularidade graças ao restaurante Maxim’s de Paris. Diz a lenda que uma das irmãs, por distração, deixou de forrar a forma da torta com a massa folhada. Para corrigir o erro, experimentou inverter a ordem das coisas, e estava criado o sucesso do hotel-restaurante de Lamotte-Beuvron, que mantinham em Sologne. Até hoje, a torta invertida de maçãs é uma das criações de maior popularidade da confeitaria francesa.
Para 8 pessoas, 7 maçãs grandes, de feiticeira. Eu uso as do tipo fuji, mas vale até experimentar um mix de maçãs, cada uma contribuindo com sua qualidade: acidez, consistência, perfume.
A massa folhada, em sua versão bem simples: para 1 xícara de farinha, 3 colheres de manteiga amolecida, 3 colheres de sopa de água e 1/2 colher de chá de sal. Use as mãos. Amasse os ingredientes, forme uma bola e leve à geladeira por 2 horas. Depois desse tempo, abra a massa e junte mais 3 colheres de sopa de manteiga gelada. De novo, com as mãos.
Na falta da forma especial, use uma forma redonda, untada com manteiga e polvilhada de açúcar. Disponha as maçãs, sem casca e sem miolo e sementes, bem comprimidas no fundo da forma. Leve ao fogo bem baixo, e vá caramelizando-as devagar, por uns 20 minutos.
Cubra as maçãs com a folha de massa, como se fosse uma tampa, e leve ao forno por uns outros 20 minutos. Desenforme e sirva a tarte tatin morna ou quente, com creme fresco batido.
Já que estamos falando em felizes acasos, aventure-se: experimente com peras, bananas, e até tomates, numa versão salgadinha que fica um show. Bom apetite!
SANDRA S. é carioca, formou-se em letras (cup-rio), com pós em literatura brasileira (puc-rio), e direito (ucam-rio). na frança, fez dois estágios profissionais de confeitaria na école lenôtre. hoje, escreve, traduz e cozinha. biblioteca.culinaria@gmail.com @setecolheres
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